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Renault e BMW retomam a produção de veículos


Renault e BMW são as duas primeiras montadoras de veículos a retomar a produção de veículos no País, ambas nesta segunda-feira, 4 de maio. A maioria das montadoras, porém, se preparam para retornar às operações apenas no final deste mês, ou ainda no final de junho, caso da Toyota e da Honda.


BMW e Renault, instaladas em Araquari (SC) e São José dos Pinhais (PR), respectivamente, informam ter adotado as medidas de segurança determinadas pela OMS - Organização Mundial da Saúde. As áreas administrativas seguem em home office e os funcionários dos grupos de risco, afastados. A Renault divulgou no mês passado que sua proposta de redução de jornada e de salários, previstos na Medida Provisória 936, não foi aprovada pelo sindicato.


Distintamente da Renault e da BMW, as montadoras em geral têm estendido o período de paralisação. A Honda Automóveis, por exemplo, informou que o retorno das operações nas fábricas de Sumaré e Itirapina (ambas no interior de São Paulo), a princípio previsto para 27 de abril, foi adiado para 25 de junho. A medida, segundo a empresa, visa assegurar a saúde e segurança dos trabalhadores, bem como adequar a produção à atual demanda por veículos.


De acordo com a empresa, a maior parte dos colaboradores da linha de produção vão ter seus contratos de trabalho suspensos por 60 dias, conforme previsto na Medida Provisória 936. Neste período, será mantido - por meio de ajuda compensatória - de 75% a 100% da renda líquida atual do colaborador (o que vai além da exigência legal prevista na MP). O desconto que varia de 0% a 25% será escalonado conforme faixas salariais. O acordo foi negociado com os Sindicatos dos Metalúrgicos de Campinas e Limeira e aprovado pelos colaboradores em assembleia virtual em 21 de abril.


A Toyota também prevê a retomada de sua produção de suas quatro unidades fabris para junho. As unidades de São Bernardo do Campo, Indaiatuba e Porto Feliz devem retornar no dia 22, e a de Sorocaba no dia 24. A montadora acordou com o sindicato que os colaboradores diretamente ligados à produção teriam seus contratos de trabalho suspensos. O acordo preserva os salários líquidos entre 75% e 100% do seu valor, conforme a faixa de remuneração de cada colaborador. A empresa afirma que vai continuar avaliando a situação e, caso seja possível retomar as atividades antes do previsto, o cronograma poderá passar revisão.


A GM também adotou paralisação das fábricas até junho, além da suspensão de contratos de trabalho e redução de jornada e salário. O porcentual da redução de salário varia de acordo com os cargos dos funcionários. De operários a gerentes, o corte foi de uma hora por dia e 12,5% no salário. Diretores e níveis superiores tiveram corte de 25% no salário. As medidas são válidas para as plantas de Indaiatuba, Mogi das Cruzes, São Caetano do Sul, São José dos Campos e Sorocaba (todas em São Paulo), Gravataí (RS) e Joinville (SC).


Na Ford, uma primeira previsão apontou que as fábricas voltariam a funcionar em 6 de abril. O cronograma foi revisto e o retorno postergado. A data de retorno ainda não foi divulgada pela montadora para as fábricas de Taubaté (SP) e Camaçari (BA).


A Volkswagen também não divulgou uma data específica para o retorno das operações no Brasil. Em comunicado recente, em que informava o reínicio gradual das produção na Europa, no final de abril, acrescentava que “posteriormente, em maio, a produção será retomada na África do Sul, Argentina, México e Brasil”.


A fábrica da PSA Peugeot Citroën tem previsão de retornar às operações no dia 31 de maio, data que pode ser reavaliada. A unidade paralisação a produção em 23 de março.


ANFAVEA – Em entrevista online, na último dia 23 de abril, Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, afirmou que a indústria automobilística se prepara para a retomada da produção até junho, porém em um ritmo abaixo do normal. "Hoje temos cerca de 43 fábricas paradas...”, disse.


Segundo Moraes, o faturamento do setor caiu cerca de 80% devido aos impactos da pandemia de Covid-19 no país e, provavelmente, o volume dos meses seguintes estará abaixo dos registrados em 2019. Ele também fez menção às transformações que o processo produtivo deverá passar em relação a medidas de proteção de funcionários e limpeza de maquinário: "Estamos nos preparando para o retorno, que será numa velocidade diferente e com um modelo de produção diferente por questões de segurança".


Conforme Moraes, o setor está buscando medidas para proteger o caixa, o que levará a rediscutir, junto ao governo, o cronograma de investimentos obrigatórios como inclusão de itens de segurança nos veículos e cortes em emissões de poluentes. Frente à necessidade de preservar o caixa, o setor congelou os seus planos de investimentos. Moraes, inclusive, admitiu que partes deles podem ser cancelados pelas matrizes.


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