Inteligência artificial movimenta US$ 180 mi no País
O Brasil avança a passos lentos, mas firmes, no terreno da Inteligência Artificial (IA). De acordo com o Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o País deverá movimentar, ao longo deste ano, US$ 182 milhões em produtos e serviços ligados à modalidade, que vem sendo empregada, principalmente, como mecanismo para o aumento da produtividade industrial.
Já o avanço da IA, nos países economicamente desenvolvidos, tem sido muito mais rápido e movimentado muito mais dinheiro. Em 2016, apenas o Google, o Facebook e a Microsoft investiram cerca de US$ 20 bilhões na área. Segundo estimativa da Intel, em 2025 os serviços envolvendo inteligência artificial devem movimentar no mundo US$ 36,8 bilhões.
Mas mesmo com investimentos mais tímidos, o Brasil é o segundo país do mundo que mais utiliza, por exemplo, o Watson, motor de inteligência artificial da IBM, já adotado por empresas de áreas tão distintas como a bancária (Bradesco) e educacional (Universidade Anhembi Morumbi) e por 20 tipos diferentes de indústrias.
A ideia básica da introdução de inteligência artificial é ajudar o ser humano em tarefas corriqueiras. “A IA analisa as rotinas, utiliza parâmetros bem definidos e não é suscetível a questões emocionais - pelo menos, não agora”, diz o presidente da ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Guto Ferreira. “Isso facilita e torna mais precisas as tomadas de decisão, contribuindo para o aumento da produtividade”.
A indústria é um dos setores que mais tem se beneficiado com a utilização de inteligência artificial. A startup I.Systems, situada em Campinas (SP), atua com IA para o setor produtivo desde 2007, empregando um sistema que é configurado para não ter interrupção da produção. A partir desta configuração, o sistema continua aprendendo, e vai se adaptando para gerar ainda mais produtividade e economia. A startup estima que a inteligência artificial seja capaz de gerar economia de 2% a 10% na área de caldeiras de geração de energia das indústrias.
Outro exemplo é o da GM, que está implantando na fábrica da Chevrolet em São Caetano do Sul (SP) a inteligência artificial para o controle de qualidade.
Fonte: Revista Usinagem Brasil