Novo plano de metas da prefeitura de São Paulo favorece uso de ônibus híbridos e elétricos
A Eletra, fabricante brasileiro de tecnologias de tração elétrica e híbrida para ônibus, prevê, até 2020, a significativa evolução do transporte coletivo na capital paulista, com a adoção de tecnologias de propulsão mais limpas e sustentáveis, consequente redução de emissões e a elevação em sua utilização por parte da população. A perspectiva da empresa baseia-se na divulgação do Novo Plano de Metas da Prefeitura de São Paulo, que determina, até 2020, a implantação de 72 quilômetros de corredores de ônibus e de quatro mil novos veículos, além de definir índices para diminuição de poluição para a frota da capital paulista, com 15% menos de CO2, o equivalente a 156.649 toneladas a menos na atmosfera, e redução de 50% nas emissões de materiais particulados e de 40% de NOx. De acordo com Iêda Maria Alves Oliveira, da Eletra, as novas metas vão incentivar os operadores a buscar em suas frotas de veículos elétricos ou híbridos para atender aos índices menores de emissões, o que colaborará para o crescimento da frota com essas tecnologias. "A proposta é muito boa, porém os critérios de medição que vão indicar o cumprimento das metas, precisam ser transparentes e considerar ações efetivas, que só serão alcançadas de fato pela introdução dos ônibus com tecnologias de baixa emissão", analisa. O novo plano da Prefeitura de São Paulo propõe a aquisição de quatro mil novos ônibus, que toda a frota, com cerca de 14 mil unidades, deve ser composta por veículos acessíveis e que sejam oferecidos 50 mil lugares a mais no período de pico da manhã. Também exigirá que, pelo menos seis mil unidades sejam equipadas com sistema de ar-condicionado, tomadas USB e Wi-Fi. Está prevista ainda a criação de dois novos terminais de ônibus, ambos na zona leste, no Itaim Paulista e em Itaquera, e que os 72 quilômetros de novos corredores estarão localizados nas regiões das prefeituras regionais de Aricanduva, Butantã, Campo Limpo, Cidade Tiradentes, Guaianases, Ipiranga, Itaim Paulista, Itaquera, M'Boi Mirim, São Mateus e Vila Prudente. Segundo Iêda, os benefícios e vantagens da mobilidade elétrica e híbrida para o meio-ambiente e preservação ambiental poderão ser sentidos imediatamente com a utilização de tecnologias como o Dual Bus, ônibus elétrico de conceito inédito desenvolvido pioneiramente no Brasil. Veículos como o Dual Bus, não somente proporcionam benefícios imediatos na redução de emissões e poluição, mas também colaboram diretamente na mobilidade urbana. "Não podemos separar redução da poluição ambiental e mobilidade urbana. Além da adoção imediata de tecnologias sustentáveis e não-poluentes nos veículos, precisamos dar prioridade para o transporte coletivo e assim reduzir os congestionamentos e melhorar o trânsito urbano", destaca O Dual Bus já está em operação no Corredor ABD de São Paulo, operado pela Metra Transportes. A novidade tecnológica do veículo é o seu sistema padronizado de tração elétrica, que pode ser alimentado por várias fontes de energia e circular em duas configurações diferentes: híbrido ou trólebus e híbrido ou elétrico puro. "O Dual Bus não é apenas um híbrido ou um elétrico puro, oferece as duas tecnologias no mesmo veículo", informa Iêda. TECNOLOGIA BRASILEIRA - O Dual Bus é tracionado apenas pelo motor elétrico e a energia para mover esse motor pode vir do banco de baterias, de um motor gerador ou da rede elétrica aérea (trólebus). O modelo híbrido traz ainda a vantagem de reduzir significativamente a emissão de poluentes e pode chegar a zero na operação com o motor-gerador desligado. O consumo de combustível na versão hibrida tem redução de 28%. E como elétrico puro ou trólebus, além de emissão zero, consome 33% menos energia, pela eficiência na frenagem regenerativa. O modelo Dual Bus de 23 metros de comprimentos, tem capacidade de transportar 153 passageiros e não demanda investimentos em infraestrutura de recarga para as baterias, pois quando está operando como híbrido ou elétrico, as baterias também são recarregadas nas frenagens por meio de um sistema conhecido como Kers, sigla em inglês para sistema de recuperação de energia cinética. Quando o freio é acionado, o motor elétrico vira um gerador e a energia que seria desperdiçada na frenagem é reaproveitada e armazenada no banco de baterias. (foto/divulgação)
Fonte: Revista Ipesi Digital