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Capacidade de energia eólica no País dobrará até 2020



O mais recente boletim do GWEC - Global World Energy Council mostra que o Brasil assumiu a 9ª posição do ranking dos países com maior capacidade instalada de energia eólica em 2016. O País totalizou 10,74 GW, ultrapassando a Itália, que está com 9,2 GW. Segundo a Abeeólica - Associação Brasileira de Energia Eólica, até 2020, considerando apenas os contratos assinados e leilões já realizados, este volume deverá chegar a 18 GW.


Em outro ranking do GWEC, o dos países que mais acrescentaram capacidade instalada no ano, o Brasil está em quinto lugar, tendo instalado 2 GW de nova capacidade em 2016. Neste ranking, o Brasil caiu uma posição, sendo ultrapassado pela Índia, que instalou 3,6 GW de nova capacidade em 2016.


Apenas no ano passado, a indústria eólica investiu US$ 5,4 bilhões no Brasil. Até aqui, o país conta com 432 parques eólicos em operação. Entre os projetos em construção e contratados, estão outros 308 parques que estarão prontos até 2020, adicionando à capacidade instalada nacional mais 7,16 GW.


“O Brasil tem um dos melhores ventos do mundo, uma cadeia produtiva 80% nacionalizada e investimentos que já passam da ordem dos R$ 70 bilhões no total”, comenta Elbia Gannoum, presidente-executiva da Abeeólica, Associação Brasileira de Energia Eólica. “Temos, portanto, um ótimo potencial de crescimento. Até 2020, considerando apenas os contratos assinados e leilões já realizados, vamos chegar a 18 GW. Com novos leilões, esse número ainda vai crescer”.


De acordo com Elbia Gannoum, o importante agora é que novos leilões sejam de fato realizados nos próximos meses, já que - pela primeira vez desde 2009 - em 2016 não foram realizados leilão de energia eólica. “É Importante lembrar que, hoje, as eólicas são a opção mais competitiva de contratação, já que as grandes hidrelétricas, que sempre ocuparam esta posição, enfrentam obstáculos para sua expansão por questões ambientais. Além disso, a energia eólica será profundamente importante para que o Brasil cumpra o Acordo do Clima”, explica.


Em termos regionais, o Brasil segue como líder disparado da América Latina e Caribe nos dois rankings (capacidade nova e total), representando 71% do total acumulado e 65% das novas instalações de 2016.


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